A HISTÓRIA DA SANTA AGATHA - PROTETORA DAS MULHERES COM CÂNCER DE MAMA

A prospera cidade de Catânia, bela por um privilegio da natureza, talvez a mais bela da Sicília, e a mais rica; serviu de berço natal para Agatha, que ao nascer despertou a atenção de todos por sua beleza e pela luminosidade de seus olhos.
 
Agatha era dotada de uma inteligência invejável, além de uma beleza que encantava a todos. Nossa jovem era muito religiosa, nutria um amor por Jesus e a Ele consagrou sua vida de todo o coração, desejando por Ele renunciar os amores terrenos.
 
A jovem bela e devota à Cristo, Agatha.
 
 
Como não deixaria de ser, uma jovem bela, rica e inteligente; cortejada por muitos jovens da sociedade Siciliana e a todos dispensava com delicadeza.  Um senador romano ilustre e poderoso apaixonou-se pela jovem Agatha, e por ela era capaz de mover meio mundo. Quando recebeu dela a recusa de seu cortejo, tornou-se intratável e odioso. Seu nome era Quintianus, e, descobrindo que Agatha era cristã e que havia sido trocado por Cristo, deu inicio a uma violenta perseguição contra a jovem, inclusive entregando-a ao imperador Décio.
 
Pelo imperador, homem cruel e inimigo dos cristãos; foi submetida a um humilhante processo condenatório.
 
Agatha e a tortura por sua beleza e devoção.
 
 
No momento do julgamento, o governador da cidade, vendo-a em sua presença, interrogou-a asperamente: “Tu a que casta pertences?” ao que Agatha respondeu: “Embora de família nobre e rica, tenho a honra e a alegria de ser serva de Jesus Cristo, meu Senhor e meu Deus.”
Condenada! Foi despida, amarrada e arrastada sobre cacos de vasos e brasas acesas e depois lhe arrancaram os seios lentamente com ferros cortantes.
 
Momento em que a jovem mulher era mutilada.
 
 
Agatha, referindo-se aquela brutalidade, olhou para o juiz e disse: “Não te envergonhas de mutilar na mulher o que tua mãe te ofereceu para amamentar?”.
 
Nenhum remédio ou ataduras foram permitidas que se colocassem nas suas feridas e depois das cruéis torturas foi jogada num calabouço escuro, sujo, sem água e sem comida, para ali morrer.
 
Segundo a tradição, durante aquela noite Agatha foi visitada por um ancião com uma criança, segurando uma tocha. O jovem aplicou óleos e ungüentos sobre os ferimentos e São Pedro impôs as mãos; e na manhã seguinte ela estava milagrosamente curada das feridas e restabelecida de suas forças físicas e espirituais (Figura 4 e 5).
 
A visita do ancião e a criança.
 
 
Agatha após sua milagrosa recuperação.
 
 
O cruel senador Quintianus, ao tomar conhecimento do milagre, solicitou ao imperador que fossem intensificadas as torturas. Novamente a jovem Agatha, permanecendo fiel a Cristo, foi despojada de suas vestes e arrastada sobre brasas, cacos de vasos, marcada com ferro e lançada ao calabouço, onde em lagrimas exclamava: “Meu Senhor Jesus Cristo, vós sois o meu coração e minha vida. Leve-me e faça-me eternamente sua!” Nesse exato momento um terremoto sacudiu toda a cidade e ela então veio a falecer.
 
Após a sua morte, Santa Agatha se tornou símbolo na luta contra a tirania e exemplo para mulheres mutiladas pelo câncer de mama.
 
 
O funeral da virgem mártir Agatha foi bastante movimentado e todos os presentes testemunharam a presença de um jovem com uma tocha na mão. No primeiro aniversario de sua morte o vulcão Etna entrou em erupção. Os cristãos devotos de Santa Agatha colocaram o véu que cobria o seu tumulo sobre as lavas do vulcão que imediatamente o estancaram, salvando a cidade de Catânia. 
 
Foi elevada a Santa e hoje é a padroeira da mastologia e das pacientes que sofrem de câncer mamário.  Seu dia, 5 de Fevereiro, é tido como o dia da mamografia.
 
 
Autora: Psicóloga Debora G. Ferreira
 

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